" O Pibid é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. Desde 2010 o PIBID Biologia, da Universidade Estadual de Londrina, oferece a oportunidade aos acadêmicos de Biologia, para aprimorar a formação docente e contribuir para elevação do padrão de qualidade da educação básica. "

quarta-feira, 4 de março de 2015

Educação pública no Paraná

     Ocorreu nesta segunda-feira, 2 de março, no colégio Aplicação UEL, situado no centro de Londrina-PR, que atualmente encontra-se fechado por decorrência do estado atual de greve dos professores, o encontro do PIBID. O debate contou com representantes discentes de todos os PIBID/UEL, coordenadores, supervisores, representantes da APP para discutir as medidas prospostas pelo governador, e principalmente, quais seriam as atitudes tomadas para manter as atividades PIBID na Universidade Estadual de Londrina.
     Com a fala inicial, o Professor Carlos Alberto Albertuni, presidente da CAP e coordenador institucional do PIBID-UEL, enfatizou que o PIBID não está em greve, que o projeto não parou suas atividades e ainda sugeriu aos bolsistas do projeto um apoio à greve, participando do cronograma das reuniões, assim seguindo com o compromisso assumido com a CAPES( Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior).
     Prosseguindo o debate, as professoras e supervisoras do curso de música, Luciana e Lúcia, relembraram do passado, a época de discente durante o governo de Alvaro Dias, atual senador do Paraná, e reafirmaram a importância de estarem apoiando a greve.
     Outro tópico a destacar foi caso da ocupação da ALEP (Assembléia legislativa do Paraná) que ocorreu pacificamente, não como a mídia veiculou de maneira errônea. Na 1° ocupação as mulheres dos policiais militares deram apoio a greve, visto que os próprios policiais não podem entrar em estado de greve, e na 2° ocupação estavam na linha de frente. Em nenhum momento agrediram os manifestantes.
É importante ressaltar que a greve não é por aumento salarial, e sim, pelos direitos já conquistados durante 30 anos de luta. Além de não ser uma greve ilegal, como tentaram veicular. Esse ano a greve iniciou-se devido ao ‘’pacotaço’’ proposto pelo atual governador. O ‘’pacotaço’’, é um conjunto de medidas governamentais que visa cortes nos benefícios dos funcionários públicos, alterações nas previdências estaduais, dentre outras medidas. Sem contar as atitudes tomadas referentes a estrutura dos centros de ensino público estadual. Por exemplo, o governo prometeu  manter o atual formato da escola, contudo,  enviou ao núcleo a ordem de reduzir duas turmas de uma das maiores escolas de Londrina, o Colégio Vicente Rijo.
      O comando de greve da UEL teve fala do seu representante Professor Kennedy Piau Ferreira, também coordenador de área do PIBID. Este falou do não pagamento do 1/3 de férias, que por direito constitucional deve ser pago 4 dias antes dos servidores saírem de férias, porém não foi cumprido pelo governo. O descaso desse governo com a educação vai além: há a proposta de implementar o Meta4 – um programa de computador que roda a folha de pagamento e tira auto gestão universitária. Portanto, os professores deflagraram greve após sua 2° assembleia.
  Franco, estudante de Filosofia, pibidiano e representante da frente da greve estudantil, questionou a suposta autonomia universitária dando o exemplo da eleição para reitores que tem que passar por um aval do governador, e que além disso, tem seus salários pagos não pela universidade, mas pelo governo. Destacou que os estudantes apoiam a greve dos professores e servidores, entretanto, a greve estudantil tem pautas próprias como: o restaurante universitário que está em reforma para sua ampliação e corre o risco de voltar as aulas com o funcionamento reduzido ou não funcionar por falta de funcionários; a moradia estudantil que tem 82 vagas em uma universidade com mais de 15 mil estudantes; o transporte que subiu recentemente para 2,95 e corre o risco de um novo aumento; entre outras pautas.

     Após as falas, deu-se início ao debate da educação pública no Paraná e de como podemos ter uma educação pública de qualidade e para todos.

     Segue o link da página do facebook ''UEL Educa na luta''. Nesta página existem todas as ideologias referentes a greve, todas as informações são reais e demonstram a real situação da greve na Universidade estadual de Londrina.