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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Experimento publicado na revista científica "Nature Cell Biology" pode ajudar a abrir caminhos para alternativas ao transplante de órgãos.


              Liderada pela professora Clare Blackburn, do centro da medicina regenerativa, na Universidade de Edimburgo,  a pesquisa  que usava células geneticamente reprogramadas obteve resultados inéditos na regeneração e formação do zero de órgãos inviáveis.
              Já existem pacientes com vasos sanguíneos, traqueias e bexigas criados em laboratório. Esses órgãos artificiais são criados a partir de células em uma estrutura temporária que é então implantada. No caso do experimento da professora Clare Blackbum, foram implantadas células modificadas, que iniciaram a formação do órgão.
              A pesquisa se concentrou no Timo  - órgão linfático, responsável pela imunidade através da produção de linfócitos (em especial os do tipo T) e maturação de outros órgãos linfáticos como baço e linfonodos. Ao longo da vida do indivíduo o órgão involui naturalmente, diminuindo de tamanho e sendo substituído por tecido adiposo no idosos, uma das consequências disto é diminuição da imunidade no indivíduo, o que aumenta a vulnerabilidade do indivíduo a organismos causadores de doenças. 
              Para conduzir a pesquisa, os cientistas colheram células de um embrião de camundongo. Essas células foram geneticamente "reprogramadas" e começaram a se transformar em um tipo de célula presente no timo. Os cientistas, então, misturaram essas células com outras e as inseriram dentro de um camundongo. Uma vez dentro da cobaia, começaram a se converter em elementos característicos do timo, esse grupo de células se desenvolveu e formou um timo totalmente funcional.

Células do timo.

              Os pesquisadores afirmaram que foi "tremendamente emocionante" quando a equipe percebeu o que havia descoberto.
"Ficamos todos surpresos ao conseguir gerar um órgão 100% funcional começando com células reprogramadas de uma maneira muito simples. Foi um avanço muito importante. Nossa descoberta também é bastante estimulante em termos de pesquisa relacionada à medicina regenerativa."
              Paolo de Coppi, um dos pioneiros nas terapias regenerativas no Great Ormond Street Hospital, afirmou: "Pesquisas como essas demonstram que a engenharia de órgãos pode, no futuro, substituir os transplantes. A criação de órgãos relativamente simples já foi adotada em um pequeno grupo de pacientes e é possível que, dentro dos próximos cinco anos, órgãos mais complexos possam ser criados usando células especializadas derivadas de células-tronco de uma forma semelhante à descrita na pesquisa".

Vídeo em Inglês da pesquisadora comentado a descoberta
(legendas automáticas do youtube)


Fontes:
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/08/cientistas-criam-1o-orgao-artificial-dentro-de-animal.html
http://gizmodo.uol.com.br/orgao-dentro-animal/
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/planeta-ciencia/noticia/2014/08/cientistas-desenvolvem-do-zero-o-primeiro-orgao-funcional-em-ratos-4582976.html
http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_25/Cientistas-britanicos-criam-orgao-do-sistema-imunologico-atraves-da-reprograma-o-do-DNA-4538/

O trabalho pode ser acessado na sua versão original através do link:
http://www.nature.com/ncb/journal/vaop/ncurrent/pdf/ncb3023.pdf